De frente para o cenário retórico do Calvário de Cristo, no número 33, pude defrontar-me com o requinte de detalhes ornamentados...
Uma verdadeira sequência de balangandãs, muito caprichados, tendo como fundo uma cortina branca, alva de sol, de um lado e, o breu da penumbra, destaca toda a singeleza das cores vibrantes do artesão.Ao lado, rígida e imponente, marcada pelas intempéries, destaca-se pela transparência fosca de vidros, presos na molduras da vidraça sobre a porta do número 37.
Marcos desgastados, registram passagens. Tantas que deixaram a vida definitivamente “longevivida”... As particularidades de cada passagem registra um momento único, lúdico, tolo, racional ou não, repetido até.
Mostra-me, em sua leitura, que cada fenda ou trinca não devem ser esquecidas nem desprezadas por trazerem, em seu histórico de observadora, o vai-e-vem dos fatos, dos tempos e da “despreservada” magnitude.
Por ali passaram tios, irmãos e pais, primos, avós e padrinhos.
Completou: _ Mesmo que não cresça, mantenha os valores dignos adquiridos em suas passagens e desenvolva cada vez mais o poder de extrair das coisas mais simples, as maiores lições...Determina: _Vá! Registra que a beleza traz prazer, mas o rústico registra o quanto é difícil se manter belo. Diz-me: _ Não releva a integridade, pela aparência desmantelada pelo dia-a-dia... Guarda em seu coração que cada passagem registrou em mim toda a característica daqueles que por aqui passaram. Leva em seu sentimento que a firmeza e robustez do caráter são as duas maiores colunas que mantêm a tenacidade, a rigidez e a fragilidade de cada um...
Nossa Zé, fico fenomenal o texto .. maraavilhoso !
ResponderExcluirmt rico mesmo o detalhe na janela , gosteei!